Meu “a-ha moment”, ou “O dia que soube que era hora de mudar”
Era Setembro de 2008. Minha versão de 30 anos estava engarrafada no transito da Rebouças, em São Paulo capital, num dia de chuva, em uma época de cumprir pautas e alcançar metas, sem criança, sem hora do jantar, sem um lar. Com exceção da parcela do FOX 1.0, eu, na teoria, era livre, leve, e solta. #SQN
A realidade era dura. Eu estava sem qualquer perspectiva na minha carreira; minha vida amorosa caminhava para um drástico fim, criança “nem pensar”, e o lugar em que eu passava menos tempo era justamente aquele que eu queria conhecer melhor: minha vida. Então foi ali mesmo, engarrafada no trânsito, ironicamente entre a Av. Brasil e a Estados Unidos, que veio a epifania: “Isso não é vida”.
Aos 30 anos, eu estava onde a Gabi de 20 planejou estar, e minha única certeza era a de que essa não era a vida que a Gabi de 40 planejava.
Eu acredito que o Universo trabalha de formas misteriosas, e sempre em nosso favor. Mas existem decisões que são individuais. Certo? Já reparou que sempre chegamos em um momento de decisão crucial em nossa vida. Aquela decisão que vai mudar os resultados no futuro.
Enfim, cresci Católica e é via catolicismo que minha fé se manifesta. Eu acredito em mensagens e na comunicação com o Divino, mas não foi sempre assim. Essa última parte foi acontecendo devagar, sem me assustar. Assim como uma criança começa falar.
Depois daquele dia na Rebouças, eu passei a imaginar o que seria viver sem transito, imaginei uma rotina mais saudável, com caminhadas, saladas, e grama. Pensei na minha carreira e nos próximos cinco anos. Pensei na Espanha, eu queria muito conhecer a Espanha. Diariamente, eu imaginava e fazia planos para ajustar o futuro de acordo com o meu presente.
Abri minha mente e meu coração para que a razão e a emoção pudessem trabalhar juntas. Fé, força de vontade, e coração do bem SEMPRE. Porque energia ruim bate e volta quando nos rodeamos de boas intenções.
Então se você leu até aqui, obrigada!
Estamos em Setembro e as aulas voltaram. Minha rotina está se ajustando – novamente – e eu não pretendo deixar a eSTRANGERa em mim calada.
Os planos continuam. Coincidentemente eles se materializam melhor durante os longos invernos aqui de Narnia, quando não tem grama pra cortar, flor pra aguar, moto pra passear, e criança pra guiar. Faz parte do meu trajeto nessa jornada de aprender “Trabalhar em Casa”. Planejamento é tudo. No meu caso, tem sido preciso analisar como as estações do ano afetam a rotina da minha família e, consequentemente, a minha. P
Porque se tem uma coisa que eu descobri é que a Gabi de 30 anos adoraria conhecer a Gabi de 40.
Até a próxima! 🙂