Leggings pra que te quero

Vamos combinar uma coisa: calça legging é “uó”!

Porque essa é uma peça do tipo que divide opiniões. Aff.. arrepia os pelinhos do braço só de pensar. Mas… quando usada direitinho, a calça legging é prática e super fashionable. Daí que a praticidade da legging superou o bom senso, e tem muita gente usando a roupa da ginastica pra todos os outros compromissos do dia.

O mercado de moda, que não é bobo nem nada, capitou a tendência e deu pra esse estilo o nome de: Athleisure (pronuncia mais ou menos assim: atlé-jur).  Ou seja: roupa de ginástica que a gente combina com acessórios e usa no dia-a-dia.

Eu aqui: sou super adepta 🙋🏻‍♀️

Legging preta é meu uniforme. Costumo combinar com uma camiseta mais comprida, para cobrir o bumbum. Me dá liberdade pra fazer meus exercicios e afazeres do lar. Mas, se preciso sair, é só jogar uma jaqueta, ou uma camisa, ou um casaco mais pesado, combinando com uma botinha ou um tenis, que pronto…. Posso encarar uma consulta médica, a padaria, o supermercado, os pais na saida da escola, e dependendo posso até tomar um café com cliente.

Pra tirar o look academia basta incrementar o visual. E aí a opção vai de acordo com seu estilo: botas, tenis, acessórios de tamanhos variados, bolsas, lenços, etc .

Tenha em mente que a escolha do que vestir na parte de cima será fundamental pra não deixar esse tipo de look vulgar.

Olha só algumas idéias para o Outuno/Inverno que a Thalita, do Ig. @as_3_mosqueteiras, separou pra gente.

1. Jeans básico 

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Clássica: a “jaquetinha” jeans é básica e imbatível, ou seja, peça coringa para ter no seu armário/ closet. Ela deixa o visual mais cool e combina com legging estampada ou neutra. Pra variar no look aposte nos acessórios e modelos de tenis. Uma alternativa mais leve, para substituir a jaqueta, pode ser uma camisa com corte “boyfriend” jeans.
2. Parca ainda é tendência : 
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Legging com detalhe de estrelas (um tesouro da #TJMax) e meu basicão preto. Optei por uma parca verde militar, meia colorida por cima da calça, e tenis de inverno. Charminho extra na brincadeira com um scarf e os pins na jaqueta. By the way: se você estiver pensando em investir em uma jaqueta nova, as parcas em tons militares ainda estão com tudo.
3. Visual urbano para os dias de frio:
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Para os dias mais frios: o casaco em lã é ótima opção! O estilo desse visual fica por conta do calçado que você escolher. O que vai bem? Uma bota (montaria, ankle, bikes, tênis  descolados). Lembre-se: o estilo é seu e estamos aqui para te ajudar a montar um look  aproveitando as peças que você, provavelmente, já tem no guarda-roupa.
4. Sugestão:
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Legging em um look básico que pode ser associado com qualquer das peças sugeridas acima. Aqui a Thalita, veste uma T-Shirt de “nozinho”, que dá para o visual um jeito descontraído e charmoso.

DICA para quem, entre uma atividade e outra, realiza tarefas domésticas: a grande sacada em usar bem o Atleisure está em evitar perder tempo, durante o dia, com  trocas de roupa. Então, se você tem que executar alguma tarefa doméstica tente adotar um avental pra proteger sua roupa de respingos. E tem tanto avental bunitinho por ai! (em inglês avental = apron, pronuncia ei-prin)

Pra finalizar, vamos lembrar que bom senso é sempre bom, inclusive na escolha de nosso vestuário. Sim, você pode se vestir confortavelmente, com muito estilo e praticidade, sem comprometer sua integridade.

Na dúvida se um look está bom ou não, pergunte pra alguem próximo e peça sinceridade na resposta. Por agora, fico por aqui.

Deixe seu comentário. Colabore com a discussão.  Mande sugestões. Esse canal é nosso!

Até, 🙂

 

Sobrancelhas rebeldes

Logo que mudei para os EUA, ainda vivendo o entusiasmo do novo, senti uma falta enorme dos serviços de beleza que temos tão próximos e acessíveis no Brasil. Cabeleireiro, depilação, manicure, e alguém que fizesse minha sobrancelha competentemente. Eu tenho sobrancelhas cheias, que crescem rápido, e que precisam de um amor profissional de tempos em tempos. Senti muita falta do Cássio Rios, desenhando e modelando minha taturana preferida.

É claro que nos grandes centros urbanos americanos a oferta por esses serviços é maior e consequentemente os valores menores, uma vez que existe concorrência. Mas eu vim pra morar na zona rural, numa realidade americana diferente daquela que habita nosso universo imaginário. Por aqui*, é muito comum que a sobrancelha seja desenhada com cera, o que não é nada recomendado, e ainda custa algo em torno de $25.00 (affffff)

Então fui me virando do melhor jeito possível: pinça, navalha, cremes… mas, aos poucos, aquele visual primeira metade dos anos 1990 (Malu Mader lembra alguma coisa) estava voltando.

Durante esse tempo todo, eu via uns quiosques de Threading pelo shopping. Threading é uma técnica de remoção de pelos com uma linha, é muito comum nos países do oriente médio. A técnica é super eficiente, modela sobrancelhas lindas, não faz mal pra pele, e é muito mais em conta que a sobrancelha feita com cera. Infelizmente, por um bom tempo, minha atitude “nem a pau que vou sentar no meio do shopping, com todo mundo passando, pra fazer a sobrancelha” me impedia de experimentar. Até que um dia não deu mais. Era preciso dar um jeito. Engoli o orgulho (porque sou orgulhosa mas adoro um bom negócio) e sentei na cadeira da Chayna.  Cinco minutos depois… estava linda, leve, solta… com sobrancelhas de atriz de Bollywood.

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Dá uma olhada no YouTube, tem um monte de vídeo bacana lá mostrando Threading.

Então #ficaadica pra você que acabou de se mudar e ainda está penando para encontrar serviços que compensem o investimento. Quer sobrancelhas lindas, procure alguém que faça Threading #treading. É um pouco dolorido, super tolerável. Eu acho que o buço é o que dói mais (lágrimas involuntárias costumam sair dos meus olhos). O resultado final vai te surpreender.

Até 🙂

* Nos EUA, cada estado possui regras diferentes quanto a regularização e certificação dos prestadores de serviço, eles tem independência em relação ao Governo Federal. O Estado de Nova Iorque é um dos estados mais rigorosos para certificação. Os profissionais de beleza precisam de licenças específicas e recebem visitas frequentes de fiscalização. Essas medidas garantem o bem estar e a segurança dos consumidores, mas também pesam no bolso dos prestadores de serviço. E, como uma coisa puxa a outra, a segurança também afeta o valor do serviço oferecido. 

 

o homem de bigode

Porque me atrevi cortar as madeixas (mesmo sabendo que a preferência dele era pra que permanecessem longas), me deparo certa manhã, com um homem de bigode circulando pela casa. “Gostou?” …. hummmm o que eu responderia. Acho que a expressão de estranheza na minha cara foi tamanha que, antes mesmo que eu tivesse tempo de elaborar uma honesta, porém polida resposta, escuto a seguinte explicação: “Temos que mudar, experimentar ser diferente não é mesmo! Você, por exemplo, mudou seu cabelo”…. hãh… Ok. Naquele momento (alfinetada) foi preciso uma dessas famosas engolidas à seco e, já que não dava pra ser sincera, pelo menos administrei uma resposta polida: “Vamos esperar um tempo e ver se consigo me acostumar” (sorriso amarelo).

Nesse caso duas verdades. A primeira: eu detestei o bigode. A segunda: sou a favor do direito de expressão em, praticamente, todas as suas formas (e, nesse caso, o bigode se encaixou como uma delas). Eu pinto a unha, uso maquiagem, não tenho sapatos e bolsas suficientes, costumo mudar a cor do meu cabelo com certa regularidade, acessorizo* minha produções com lenços, colares, brincos, pulseiras, anéis, etc… tudo pra me sentir bem e expressar minha personalidade. Ele é do tipo tênis, jeans e camiseta básico, com forte tendência a variações nos cabelos faciais, mas que, até então, se atinham aos estilos sem ou com barba e à diferentes formas e cumprimentos da mesma. Sem barba e com bigode era a primeira vez.

O homem de bigode. O “meu” homem de bigode. O meu que se tornara um estranho. Ficou quase impossível ter uma conversa séria com ele, porque eu não conseguia parar de olhar para o bigode. Com um sentimento horrível de culpa (por que eu fui inventar de cortar meu cabelo?), só me restava torcer pra alguém fazer o grande favor de ser sincero e polido no meu lugar. “Não, esse bigode não lhe caiu bem”. Mas essa sorte eu não tive.

Por cerca de duas semanas e meia eu lutei, tentei com todas minhas forças abraçar a causa do bigode na família. Me consolei com a realidade e até apoiava os discursos pró-bigode…afinal ele, o dono do bigode, é o amor da minha vida. Mas então ELA chegou, com sua falta de paciência e dramaticidade avassaladoras: TPM – a inimiga número um de maridos, namorados, irmãos, colegas de trabalho e bigodes.

Estava na hora de desabafar sobre o bigode. A conversa polida, mas não muito honesta, começou comigo reclamando do meu próprio corte de cabelo e como eu andava me sentindo feia e desinteressante (estratégia meninas). Lágrimas rolavam.

“Você parece que nem gosta mais de mim. Está distante. Fala verdade, é meu cabelo”… pobre marido, não sabia o que dizer… “O que você está falando, eu gostei do seu cabelo. Você está bonita. Todo mundo está falando bem sobre o corte”… e era verdade (modéstia a parte), mas eu ainda tinha que chegar no bigode… soluçando resolvi pular para o objeto principal do argumento.. “mas então por que toda vez que eu tento falar algo sobre seu bigode você automaticamente retruca falando sobre o meu cabelo?”… pobre marido.. “What???.. O que você quer dizer?”… bang!!! mission accomplished … Enxugo as lágrimas, me aconchego entre seus braços e … “Baby, honestamente, não está rolando. Esse bigode é bonito e tal, mas não combina com você, ou até combina, mas eu não consigo me acostumar. É como se você estivesse em outra pessoa. Será que dá pra deixar a barba crescer novamente?. Eu gosto mais de bigode com barba e, olha, você pode deixar o quão comprida quiser”… sorriso.

A barba estava à caminho e, com o peso dos bigodes fora da minha consciência, deu pra relaxar e incorporar a mulher do homem de bigode por mais alguns dias.

Até 🙂

*acessorizo: essa palavra não existe pessoal. Eu inventei pra usar no texto, com base na palavra em inglês “accessorize”, que é o ato de combinar acessórios com sua roupa. Tenho certeza que na gramática da língua portuguesa esse tipo de ação tem um nome, mas eu não lembro e pesquisando online também não encontrei.