Uma semana de “look do dia”

Outro dia postei um “look do dia” no meu Instagram e tive uma baita surpresa com o retorno no meu feed. Não sou entendida de moda, mas eu adoro moda. Por isso, fico antenada às tendências, e tento conciliar minhas peças com o que é atual e ao mesmo tempo funciona pra mim.

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Esse foi o look sucesso no Insta: maxi saia e camisa Denin (Target), e minha mochila/escritório da Martha Stewart para a Staples.

Acontece que morar no meio da floresta não ajuda ser muita eclética na moda. Nos últimos anos, percebi que o guarda roupa ficou mais prático, e ao mesmo tempo menos colorido e menos variado. Minhas preferências são os sapatos baixos e sem salto, botas, tenis, jeans, leggings, e muito preto.

Trabalhar em um ambiente informal facilita nas escolhas, mas é claro que bom senso é necessario: não dá pra ir encontrar cliente com roupa de academia, por exemplo né.

Enfim, resolvi brincar com isso de “look do dia” e durante a semana me fotografei pela casa para registrar minhas escolhas de “outfit” e como coordeno minhas roupas na hora de sair com a família, de ir andar de moto, de trabalhar, e até para limpar a casa. O resultado foi super interessante – e bem azul (para minha supresa).

Looks da semana

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Sábado: calor, churrasco, playground.
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Domingo: calor e Memorial Day Parade (look de quermesse durante o dia)
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Segunda: dia de “ameliar” pela casa.
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Terça: almoço e reunião informal, mas fui de moto. A calça nessa foto é uma legging bem pesada, revestida de Kevlar, que é um material resistente a abrasão. Nesse look ainda rolou uma jaqueta.
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Quarta: look para passear de moto e capturar imagens para o BRAMMOTO.net. Essa é uma calça da Carthart, que eu comprei um tamanho maior, pra conseguir usar com a legging de Kevlar da foto acima por baixo. Só dá pra usar assim quando não esta super calor (normal aqui em Nárnia)
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Quinta: compromisso na escola do filho. Ser um dos Monitores durante o passeio no Zoológico.
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Sexta: muito calor + faxina = música pela casa e pouca roupa (por que não?)

 

Resultado

Essa brincadeira me deixou mais conectada ao meu guarda-roupa, e também plantou uma sementinha nas minhas intenções: a de ficar um ano sem comprar roupa.

Ai ai ai…. ainda é semente. Não sei se eu consigo. Minha cunhada morreu de rir quando eu contei, e meu cunhado sugeriu que eu comece por meses – “Faz uma intenção de três meses, e depois vai aumentando”, ele falou rindo -.

Brincadeiras e intenções a parte, brincar de “look do dia” foi um exercício super divertido para aprender me posicionar com a camera do celular, usar a luz da casa e os espelhos em meu favor, e ver o que funciona e o que não funciona para o tipo de corpo que eu tenho e o estilo de vida que levo.

Que tal você se desafiar também? Fotografa uma semana dos seus “looks”e veja no que dá. Não precisa compartilhar, faz pra você e depois conta o resultado pra gente. Topa?

Até a próxima 😉

 

Badass é a palavra do mês

Gosto da palavra em inglês “Badass”. Tanto que escolhi pra ser a minha palavra do mês aqui no eSTRANGERa. Essa nem é uma palavra assim,  como diríamos, “polida”. É quase que um palavrão, diga-se a verdade. E é exatamente essa característica rebelde o que mais me atrai em Badass. Gosto, especialmente, como adjetivo para descrever mulheres determinadas, independentes, bem resolvidas, destemidas, arretadas, poderosas, etc etc. 

Badass é um daqueles palavrões inocentes. Ass, em inglês, é gíria para bunda (ou anus). E Bad… sabemos que significa mau/mal. Outra graça dessa palavra. E eu nem vou me aprofundar na participação da “bunda” nas discussões sociais, culturais, e economicas do mundo, porque essa não é a função deste texto. 

Daí que como as coisas nessa vida são interligadas, me dei conta que muitas das mulheres que cruzaram meu caminho nos últimos meses, e muitas das que são parte da minha “rodinha” preenchem a descrição de Badass no dicionário. 

Inspirador! Sim Senhor!!! 

Eu, por exemplo, me sinto super Badass quando estou com a minha moto. E só mesmo essa palavra pra descrever. Juro que não encontro outra! Até porque, mesmo já pilotando há mais de 6 anos, ainda me é surreal o fato de eu ter uma “minha moto”. 

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conheça o Brammoto.net

Pra além de minha recém descoberta paixão pelo estilo de vida biker, pilotar me dá um senso de equilíbrio, de liberdade, de pertença. É no “barulhento silêncio” dentro do meu capacete que eu medito e resolvo meus problemas.

 

Também espero inspirar outras mulheres que só precisam de um empurrão pra começar na pilotagem.

Badass e feminista: uma coisa puxa a outra.

Recentemente as meninas do M.E.U., que é um grupo prol formação de Lideranças Femininas no ambiente Universitário, compartilharam em nosso grupo do WhatApp um artigo no qual a Presidenta do Banco Santander, Ana Patricia Botín, afirma que há 10 anos ela teria dito que não é feminista, mas que hoje sua resposta é outra (CLICA AQUI pra ler a matéria no El Pais Brasil).

Isso porque passamos a dar mais atenção às questões de gênero e, consequentemente, começamos investigar, perguntar, e falar sobre o que nos incomoda.

Feminismo deixou de ser uma palavra com cheiro de sutiã queimado, e virou sinonimo de humanismo. Sim, porque quando a gente luta por melhores condições e oportunidades iguais para as mulheres, estamos lutando por um mundo mais justo e melhor para todos.

Assim como a Ana Patrícia, eu também não me assumia feminista no passado, muito por minha completa ignorância sobre o assunto, até então. Já aqui na gringa, até como forma de colocar meu nome no mercado, passei a me envolver com trabalhos voluntários e busquei programas/grupos/ongs que focassem em Educação. Assim acabei me envolvendo com a AAUW. Foi então que “sai do armário” (com sutiã e maquiagem).

Penso que é importante entender que Feminismo não é ideologia. Feminismo nada mais é que fazer a diferença, enquanto buscamos igualdade e justiça. Não é preciso grandes atos (tipo fogueira de sutiã). A gente pode começar “fazer a diferença” dentro de casa, pela forma como falamos com nossos filhos, os alimentos que escolhemos, e como nos relacionamos com nossos parceiros. Feminismo é viver em comunidade: cooperando, colaborando, compartilhando.

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Essa aqui é a jovem estudante Aasha Shaik, membro da UN Girls. Tive a oportunidade de ver sua apresentação sobre “Vulnerabilidade e o Poder das Meninas”. Essa moça encarou uma sala lotada de pessoas bem mais experientes e deixou todo mundo pronto pra uma batalha.

Before I go

 

Uma boa fonte de informação e conteúdo empoderador e focado na mulher é a Ong Brasileira Think Olgafundada pela Jornalista e Ativista Juliana de Faria. Vale muito a pena conferir porque informação é poder.

O despertar da Primavera

Eu me apaixonei por essa região do mundo ainda adolescente, em 1995.

Antes de viajar, pela primeira vez, do interior de São Paulo para o interior de Nova York, as informações que consegui eram referências bibliográficas e um Atlas Mundi (deveras desatualizado). Não tinha Google ou Wikipidia, ou msn., sms, .com. Telefone celular não era um item popular. E fotografia… só vinha depois de revelarmos o filme, geralmente de 24 ou 36 poses* (checa a reflexão no pé desse post).

Eis que, já por aqui, descubro uma pérola da natureza. Um lugar deslumbrante, simples, doce, e que muda de cor conforme os meses se passam: branco, marrom, verde, amarelo, azul, pink, lavanda, laranja, vermelho, vinho, branco, preto. Mas… afora minha narrativa, nos anos 90 não tinha muito mais como mostrar o que estava dizendo.

É por isso que quero compartilhar um pouco 
da beleza dessa região conhecida como
the Thousand Islands .

Quem sabe consigo, com minhas imagens, explicar melhor o quanto esse lugar é lindo.

Como farei isso?

Com um documentário fotográfico. Que tal?

Uma vez por mês, o eSTRANGERa vai publicar uma coletânea de fotografias e algumas dicas e links que ressaltam a beleza natural e o modo de vida Folk dos moradores daqui (eu inclusive). Fecho a série em Abril de 2019. Assim passaremos por Primavera, Verão, Outono, e Inverno.

A ideia é mostrar um pouco desse EUA que tão pouca gente conhece, justamente por não ser parte da rota turística convencional. Essa é uma região encantadora e mágica. Cercada por lagos, mistérios, e um rio que conecta o Oceano Atlântico ao interior da costa Leste Americana e Canadense. Aqui já foi palco de histórias de piratas (os mesmos do Caribe), de soldados, de fantasmas, e de grandes amores (qualquer hora pesquisa a sobre o Boldt Castle, na Heart Island).

Os posts fotográficos desta série estarão sempre 
sob #1000Islands.

Para abrir a Primavera e dar um gostinho do que será esse documentário, quero compartilhar alguns registros de nossa primeira caminhada no Public Deck de Alex Bay, NY.  The Bay, como chamamos esse vilarejo, é uma dessas cidades turísticas que praticamente morrem fora da temporada – tipo cidade fantasma – mas, no verão, esse lugar é o fervo .

Eu, que já bebi a água do Jaguari, agora me jogo nos braços do Saint Lawrence. Esse leito azul, que conecta os Grandes Lagos ao Oceano Atlantico.

Momento Reflexão

–  sendo eu, um ser humano que cresceu e se formou entre os anos 80 e 90, obviamente digo que os anos 90 foram os melhores pra ser adolescente e entrar na vida adulta.

Mas os avanços dos anos 2000 em diante não ficam fora do radar. Vamos combinar que a arte fotográfica ganhou muito. Graças as maravilhas da Fotografia Digital e Móvel registrar e compartilhar o mundo via fotos tornou-se mais acessível e possível pra uma grande parcela de talentos que, até então, não teriam uma oportunidade – única e exclusivamente por razões financeiras. Comprar filmes e revelar fotografias, não eram dos produtos e serviços mais baratos. A fotografia digital pode sim ter tirado muita gente do negócio fotográfico, mas, em contrapartida, foi e continua sendo responsável por incluir talentos na cena fotografia e, assim, ser um dos mais efetivos instrumentos para a promoção da diversidade.

Fica de olho nas galerias do #1000islands.

Até 😉